segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Os 500 anos do Bénédictine

O mítico licor criado por um monge alquimista em 1510 ganha agora uma versão refinada para a comemoração



Não é todo dia que uma bebida comemora 500 anos de sua criação. A receita do Bénédictine tem sido mantida miraculosamente secreta desde 1510 e o famoso licor criado por Dom Bernardo Vincelli ganha agora sua versão 500 em uma elegante garrafa negra para ser vendida unicamente nesse final de ano, em edição limitada, nos free-shops de aeroportos.
Com a famosa divisa DOM (Deo Optimo Maximo, ou Deus Absolutamente Bom, Absolutamente Grande) da ordem beneditina em seu rótulo, o licor nasceu na abadia de Fécamp, na Normandia, França, onde Dom Vincelli, um monge alquimista, buscava a fórmula do elixir da longa vida (a panacéia) usando 27 plantas e especiarias diferentes, com algumas poucas conhecidas hoje: melissa, angélica, açafrão e hissopo.
Com a Revolução Francesa a abadia foi tomada e os monges fugiram, mas em 1863 o negociante de vinhos Prosper Hubert, que se autodenominava Alexandre o Grande, natural de Fécamp, encontrou a receita do licor em um velho grimoire (livro de poções e magia) que estava na biblioteca de sua família e levou um ano para decifrá-la. Em homenagem aos monges, deu ao licor o nome Bénédictine.

<O extravagante palácio construído para abrigar a destilaria do Bénédictine e várias obras de arte>
Em 1882 ele ergueu um extravagante palácio, de inspiração gótica, rococó e renascentista ao mesmo tempo, para abrigar a destilaria e sua coleção de arte sacra, abrangendo a Idade Média e a Renascença. Em 1910, o ilustrador SEM lançou um livreto chamado “Célébrités contemporaines et la Bénédictine”, para divulgar o já então famoso licor. Entre eles, Santos Dumont.
O palácio recebe cerca de 130 mil visitantes por ano e acolhe coleções de arte temporárias. Atualmente, vários artistas contemporâneos expõem em seu interior a mostra “Les Elixirs de Panacée”, com curadoria de Amir Barak, como parte das comemorações dos 500 anos do Bénédictine.



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